Por onde andamos.... Petra e o Melhor da Jordânia





Graça P. Julho 2009
Petra e o Melhor da Jordânia
"Não percam, vim de lá há duas semanas e adorei. A Jordânia nunca é o primeiro destino que nos lembramos de visitar, mas vale a pena. Os guias da Nomad mostram-nos o país "por dentro". Wadi Rum é espectacular."~

Assunção T. Setembro 2009
Petra e o Melhor da Jordânia
Jordânia: uma nação neutra no conturbado Médio Oriente, com um património histórico fabuloso. Levados numa viagem pelo tempo, regressamos à vida dos árabes Nabateus, que nos deixaram Petra, com as suas cores sem igual. Nas montanhas da Reserva Natural de Dana, em que cada rocha parece ter vida, somos levados pela tentação de descobrir as suas imensas grutas enquanto observamos as aves. O mar morto convida-nos a flutuar nas suas águas salinas e envolver o corpo nas suas lamas negras, rejuvenescedoras. No Wadi Rum, de cor alaranjada, escala-se as suas belas montanhas, observa-se o pôr do sol nas dunas, saboreia-se uma refeição sui generis numa tenda Beduína e dorme-se debaixo das estrelas contemplando um céu magnífico! Por fim, quem aspira a algum tempo de descanso, pode escolher as águas límpidas do mar vermelho e observar os seus bonitos corais. Sem dúvida, um país cheio de beleza e diversidade. Só faltou algum tempo adicional para saborear ainda mais cada um dos lugares. Já penso em voltar numa Primavera para observar as orquídeas e lírios selvagens.

Data especial de passagem de ano: 27 Dez 2009 a 4 Jan 2010

pode ver mais informações sobre esta viagem em: http://www.nomad.pt/medio_oriente/jordania/viagem1/descricao.htm

Acção Social na América Central

A Nomad, na continuação da acção social, alargou a sua rede de projectos. Desta vez, os locais escolhidos são a Nicarágua e a Guatemala. Fruto do trabalho no terreno do nosso líder Carlos Carneiro, temos a oportunidade de colaborar no esforço para uma melhor educação na América Latina.

Os viajantes que realizem a “Descoberta da América Central” para além de desfrutar de uma grande experiência irão também ajudar a comunidade local. Parte do dinheiro pago por esta viagem é direccionado para ajudar uma escola local na Guatemala. E ajudam também a construir mobiliário numa escola na Nicarágua.

Conheça mais sobre a viagem em: www.nomad.pt/america_latina/guatemala/viagem2/descricao.htm

Adiós Honduras… Hola El Salvador

Na primeira edição da viagem “Descoberta da América Central” trocamos parte da nossa visita às Honduras pelo El Salvador. Uns dias antes de Zelaya voltar clandestino para a embaixada do Brasil, andávamos na garupa dos nossos cavalos hondurenhos. E entretanto, como não nos metemos em políticas, tivemos que tornear Tegucigalpa (capital das Honduras).
Resultado: atravessamos o El Salvador, demos um mergulho no Pacifico e ainda deu tempo para dar um “pulinho” a Leon.
Há males que vem por bem e este desvio veio para ficar! A rota da "Descoberta da América Central" passa a incluir estes destinos. E por isso... Gracias Zelaya!

Conheça a viagem "Descoberta da América Central (com Carlos Carneiro)" em: http://www.nomad.pt/america_latina/guatemala/viagem2/descricao.htm

2 vagas para a Viagem Fotográfica ao Deserto

Apesar de ainda estarmos a 5 meses da viagem fotográfica ao deserto, a mesma tem apenas 2 lugares disponíveis. Se desejar confirmar a sua inscrição, deverá nos contactar em breve.

Consulte mais detalhes sobre esta viagem, workshops e passeios fotográficos em www.nomad.pt/viagensfoto


Viagem Fotográfica ao Deserto com partida confirmada!

A “Viagem Fotográfica ao Deserto”, acompanhada pelo António Sá, tem já a sua partida garantida!

Consulte mais detalhes sobre esta viagem, workshops e passeios fotográficos em www.nomad.pt/viagensfoto

Próximas partidas em Novembro e Dezembro!

Aventura na Índia (com Inácio Rozeira)
21 Nov a 6 Dezembro 2009
http://www.nomad.pt/asia/india/viagem6/descricao.htm

Indochina (com Jorge Vassallo)
21 Nov a 8 Dez 2009
http://www.nomad.pt/asia/vietname/viagem4/descricao.htm

Istambul: Uma viagem literária (com Tiago Salazar)
5 a 8 Dezembro 2009
http://www.nomad.pt/medio_oriente/turquia/viagem2/descricao.htm

Trekking Invernal na Serra de Gredos
5 a 8 Dezembro 2009
http://www.nomad.pt/peninsula_iberica/serragredos/viagem1/descricao.htm

Da Patagónia à Terra do Fogo
26 Dez 09 a 9 Jan 2010
http://www.nomad.pt/america_latina/patagonia/viagem1/descricao.htm

Petra e o Melhor da Jordânia
Especial Passagem de Ano
27 Dez 2009 a 4 Jan 2010
http://www.nomad.pt/medio_oriente/jordania/viagem1/descricao.htm

Descoberta da América Central (com Carlos Carneiro)
Especial Passagem de Ano
26 Dez 09 a 12 Jan 2010
http://www.nomad.pt/america_latina/guatemala/viagem2/descricao.htm

Descoberta de Marrocos (com Tiago Costa)
Especial Passagem de Ano
28 Dez 2009 a 5 Jan 2010
http://www.nomad.pt/africa/marrocos/viagem7/descricao.htm

2º Edição da Viagem Foto ao Deserto, com António Sá

Já está on-line a 2ª edição da viagem fotográfica ao Deserto, com o António Sá.

Veja mais informações em: www.nomad.pt/viagensfoto

A nova Babilónia, por Tiago Salazar


A capital nepalesa, outrora uma Babilónia budista, é hoje uma zarzuela frenética e fumegante de motas, lambretas, tuc-tucs, táxis (e tractores), de saddhus (homens santos) em transe e em trânsito, de pedintes profissionais e de toda uma horda de saqueadores de turistas incautos cuja técnica mais elaborada é mendigar um pacote de leite na mercearia mais próxima para financiar um chuto ao dobrar da esquina. De Katmandu direi que serve a função (menos funesta) de sabermos como resistem os hippies a 30 anos de terapia em altitude... (...)

Tiago Salazar

leia o relato completo aqui


Viagem Foto à Islândia, por Joaquim Pinto

Veja as nossas viagens fotográficas em: www.nomad.pt/viagensfoto

Aventura na Índia: últimas vagas para Outubro.

Últimas 3 vagas para a partida a 31 Outubro!
Mais detalhes em:
http://www.nomad.pt/asia/india/viagem6/descricao.htm


Quarta-feira - Palestra Indochina


Indochina, por Jorge Vassallo
Quarta (dia 14 Out) às 21h30 - Fnac Vasco da Gama

Nesta apresentação, Jorge Vassallo, autor do livro e blog, "Até Onde Vais Com 1000€", fala da sua experiência de viagem. Do prazer de pernoitar num alojamento familiar ou percorrer o país em autocarros locais. Percorremos os mercados, saimos das multidões, e adquirimos um conhecimento autêntico e real dos locais. Nesta palestra partimos para a Indochina, para compreender e explorar estes países do Sudeste Asiático.

Veja mais informações sobre a viagem Indochina (com Jorge Vassallo) em: http://www.nomad.pt/asia/vietname/viagem4/descricao.htm

À Espera dos Tártaros, por Gonçalo Cadilhe


Às vezes chegam a meio da noite, quando os ocupantes do forte já estão a dormir, e seguem as suas danças de acasalamento, os seus rituais antigos, as suas hierarquias cautelosas — indolentes os mais fortes, nervosos os mais fracos — ao abrigo dos olhares ávidos e indiscretos dos humanos. Outras vezes chegam à luz do dia, e a notícia corre rapidamente por toda a fortaleza: as sentinelas abandonam qualquer posição que ocupem e precipitam-se em silêncio para a muralha ocidental.

Não é por acaso que a muralha olha a Ocidente. Na melhor das hipóteses, chegam ao fim da tarde, avançando contra a luminosidade quente e bruxuleante da savana, e um murmúrio de felicidade percorre o bastião. Os que se encontram presentes, os que tiveram a sorte de agarrar o momento, sabem que ganharam a recompensa por todos os esforços, sacrifícios e custos que passaram para estar aqui. Sabem que estão a experienciar um fim de tarde único nas suas vidas.

O Forte Namutoni é um lugar de espera. Sem certezas. Turistas de todo o mundo chegam a este posto avançado da civilização e espreitam para lá dos seus baluartes o fundo da África primordial. Com sorte, vêem. É a vida na Terra o que vêem; e é a alegria de estar vivos o que sentem. Como se o excesso de azáfama existencial que assedia o forte contagiasse depois os seus ocupantes. Sim, é isso: sentimo-nos mais vivos em Namutoni.

Situado na orla do grande deserto de sal de Etosha, o forte de Namutoni é um dos três lugares onde os seres humanos podem pernoitar dentro do esplêndido Parque Nacional de Etosha, que é na minha opinião a melhor reserva natural do continente africano. Ao contrário dos outros parques que conheço, o Etosha encontra-se num semi-deserto, com pouquíssima vegetação e pontos de água raros e dispersos. Por isso, é muito fácil avistar a fauna selvagem neste descampado árido e descoberto. Basta conduzir até um dos poucos charcos da região: ela concentra-se lá.
Na base da muralha ocidental de Namutoni encontra-se um desses charcos, e pode acontecer que os animais selvagens decidam vir beber aqui. Elefantes, rinocerontes, girafas, leões, leopardos, gnus, ou mesmo um mesquinho chacal são motivo de júbilo atrás das muralhas. Porque é diferente andar a conduzir pelas estradas do parque, e ver com alguma certeza animais na distância; ou estar ao pôr-do-sol sentado no forte e, se tivermos sorte, ver a poucos metros, na base da muralha, esses mesmos animais. Uma diferença de perspectiva. Uma diferença abismal: No carro, vemos os animais na distância, em horizontal; a partir da muralha, vemo-los ao pé de nós, ali em baixo. Como ver ópera num ecrã de televisão, ou em directo no São Carlos. Com o bónus de, aqui, poder ter um copo de vinho branco na mão ao longo do drama.

Por isso, o fascínio desta muralha ocidental de Namutoni: um palco que permite espreitar para fora do espaço hermético e familiar do forte a realidade primordial de um planeta que só recentemente nos acolheu também a nós, espécie humana, e que nos colocou sempre grandes dificuldades em sobreviver.

O forte foi construído em 1906 na orla do grande deserto de sal do Etosha. A potência colonial que ocupava a Namíbia nessa altura, a Alemanha, tentava evitar o contrabando de armas para as tribos de Ovambos e Hereros. Era uma fortificação no limiar de um mundo de fantasia e mistério com um punhado de soldados europeus a vigiar um dos mais recônditos pedaços de África negra que era, paradoxalmente, de uma brancura frígida e desoladora.

Passaram muitos anos. E muitas guerras, que tornaram o forte obsoleto e quase ridículo pela sua fragilidade. Foi de facto praticamente abandonado até que em 1950, com o número de visitantes do Parque a crescer exponencialmente, foi recuperado como estrutura turística. O Etosha existe como reserva de caça desde 1907, mas dos 99.526 km2 que ocupava há algumas décadas atrás mantém hoje apenas um quarto dessa área: qualquer coisa, mesmo assim, equivalente ao Alentejo.

É severamente proibido visitar o parque fora de uma viatura. Por outras palavras, os seres humanos no Etosha não podem sair do carro nem sequer debruçar-se das janelas. Por razões de segurança, naturalmente, mas também de conservação: desta forma, a vida selvagem não se habitua à presença humana, apenas ao movimento lento de chapas de carroçaria, ao rumor ronronante de pneus e ao cheiro da combustão do petróleo.
O parque possui apenas três centros de alojamento para os visitantes humanos — para além de Namutoni, também Halali e Okakujo, mas estes dois, anónimos resorts, não têm a graça nem o peso histórico do forte. E, tal como o habitáculo fechado de uma viatura, também estes “resorts” são herméticos, literalmente “vedados” à realidade que os rodeia. Aliás, os resorts são sempre assim. Mas o Namutoni é também um forte. Foi esta associação de ideias que me fez recordar o “Deserto dos Tártaros”, livro fabuloso de Dino Buzzati que faz parte da lista das obras de ficção que eu levaria para a ilha solitária.
Buzzati conta-nos a história do tenente Drogo, transferido no início da carreira para uma fortaleza solitária no topo de uma montanha isolada, no confim do Império, na orla do deserto dos Tártaros. Os inimigos, no entanto, deixaram há muito de aparecer e que já ninguém se lembra como são ou quando efectuaram o último ataque. Mas Drogo passa meses, depois anos, por fim toda a sua vida, a perscrutar o horizonte. É preciso nunca baixar a guarda, continuar a vigiar porque a qualquer momento os Tártaros podem fazer uma incursão. É preciso ter paciência. Uma vida a defender um pequeno espaço hermético e familiar de tudo o que nos é diferente, estrangeiro, incompatível.

Esta é apenas uma das leituras, um dos resumos, possíveis do livro de Buzzati, claro. Mas estou à espera no forte, o sol que vai bruxuleando e desaparecendo na savana, o copo de chardonnay na mão com os amigos espalhados pelo baluarte a perscrutar o horizonte. Talvez nós, sentinelas humanas de Namutoni, nos tenhamos tornado tão estrangeiras e incompatíveis com a vida natural que decorre ali fora, como os Tártaros eram incompatíveis com o Império.
Mantenho-me talvez apareçam esta noite, de preferência não muito tarde, talvez ainda não esteja a dormir e consiga seguir as suas danças de acasalamento, os seus rituais antigos, as suas hierarquias cautelosas, indolentes os mais fortes, nervosos os mais fracos. Talvez testemunhe um pouco de azáfama existencial e me sinta também eu um pouco mais vivo esta noite.

Gonçalo Cadilhe publica regularmente as suas crónicas de viagem no Expresso. É escritor e líder Nomad em África.

Conheça em http://www.nomad.pt/africa/africasul/viagem4/descricao.htm mais detalhes sobre a viagem "Àfrica Acima, com Gonçalo Cadilhe"